Especialistas apontam pilares que devem orientar as famílias na busca por instituições preparadas para formar cidadãos globais e alinhados às demandas do século XXI.
Em um cenário educacional marcado por mudanças rápidas e demandas cada vez mais complexas, escolher a escola ideal para 2026 exige uma análise mais profunda do que currículo, estrutura ou tradição. Para muitas famílias, o grande desafio é identificar instituições capazes de preparar crianças e jovens para um mundo multicultural, tecnológico e exigente em competências socioemocionais.
De acordo com Hélia Sanches, Diretora Geral da Escola Bilíngue Carolina Patrício (RJ), alguns pilares devem ser avaliados com atenção especial, pois influenciam diretamente a formação cognitiva, cidadã e global do estudante.
“O multiculturalismo é um dos fundamentos. Ele define o tipo de cidadão que a escola pretende formar. Hoje falamos de uma pedagogia voltada para a paz, e isso só acontece quando o aluno cresce em um ambiente que realmente valoriza diferentes culturas”, destaca.
Tendências que moldam a escolha das famílias
Educação bilíngue
A busca por escolas bilíngues deve se intensificar em 2026, mas Sanches alerta que nem todas as propostas têm a mesma profundidade.
“A verdadeira educação bilíngue integra os conteúdos da língua materna e da língua de aquisição de forma planejada. Não é apenas ensinar inglês. É construir uma estrutura pedagógica que gera benefícios cognitivos reais, fortalecendo conexões neurais e ampliando a aprendizagem”, explica. Segundo ela, quando bem executado, o bilinguismo contribui para o desenvolvimento do raciocínio e para a formação de um cidadão global.
Metacognição
Outro ponto decisivo é o desenvolvimento da metacognição — a capacidade de o aluno entender como aprende.
“Fala-se muito em aprendizagem ao longo da vida, mas isso só se constrói quando a metacognição está presente desde a Educação Infantil. O aluno precisa de estratégias concretas para regular seus processos cognitivos. Para isso, é necessário superar modelos tradicionais nos quais o professor centraliza a fala, e incentivar o estudante a debater, refletir e assumir protagonismo”, afirma.
Certificações externas
Para garantir qualidade e alinhamento com referências globais, Sanches recomenda avaliar certificações nacionais e internacionais, como o Bacharelado Internacional (IB).
“Esses selos funcionam como validações externas da proposta pedagógica e oferecem segurança às famílias, além de garantir que a instituição segue práticas atualizadas e reconhecidas mundialmente.”
Ambientes que educam
Os espaços da escola também são parte central da aprendizagem.
“Escola não é só sala de aula. Ambientes variados — laboratórios, áreas externas, parques, espaços experimentais e convivência — ampliam as possibilidades pedagógicas e deixam o aprendizado mais vivo”, afirma a diretora.
À medida que novas tecnologias e transformações sociais aceleram mudanças na educação, Sanches reforça que a escola do futuro forma indivíduos críticos, sensíveis e preparados para aprender continuamente.
“A decisão pela escola não define apenas a educação da criança; define o tipo de adulto que ela pode se tornar. Por isso, os pais precisam olhar muito além do óbvio”, conclui.

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