| Foto: Sérgio Santoian |
No espetáculo que estreia no Dia da Consciência Negra, o ator transforma a cozinha em cena viva para falar de ancestralidade, amor e sobrevivência.
Ator, dramaturgo e autor do livro “Olhares que Filtram” (escrito em colaboração com seu pai, o ator da TV Globo Rainer Cadete), Pietro Cadete estreia seu primeiro monólogo, “Minha Última Refeição”, um espetáculo que transforma o ato de cozinhar em experiência cênica. A peça une teatro, memória e gastronomia em uma jornada poética sobre afeto, ancestralidade e sobrevivência.
Em cena, Pietro prepara um jantar ao vivo, convidando o público a partilhar lembranças e sabores enquanto revisita a figura de sua avó, símbolo de amor e ausência. O espetáculo fala sobre o que realmente nos alimenta quando o mundo parece distante e mistura humor, poesia e desespero em um mesmo prato.
Com texto de Pietro Cadete e Fábio Severo e direção e produção de Victor Lazzari, o espetáculo convida o espectador a mergulhar em uma narrativa sensorial, onde o tempo de uma receita conduz o tempo da dramaturgia. Utensílios, ingredientes e gestos cotidianos ganham dimensão simbólica, transformando a cozinha em palco e o ato de cozinhar em partilha.
A estreia acontece no Dia da Consciência Negra, 20 de novembro, com apresentações também nos dias 21, 27 e 28 de novembro, sempre às 20h, na Casa de Artes SP (Rua Major Sertório, 476 – Vila Buarque, São Paulo).
| Foto: Sérgio Santoian |
O depoimento de Pietro Cadete
“‘Minha Última Refeição’ nasceu num momento de silêncio, desses em que a casa parece grande demais e o corpo carrega mais memórias do que planos. Comecei escrevendo como quem cozinha: juntando o que tinha. Restos de lembranças, cheiros de infância, conversas interrompidas. Aos poucos, percebi que o espetáculo não era só sobre comida, mas sobre o que a gente tenta alimentar quando o mundo lá fora parece distante.
Durante a escrita, revisitei a presença da minha avó, uma figura que carrega tanto amor quanto ausência. Ela aparece como guia, como sabor, como lembrança. E entre uma receita e outra, fui entendendo que falar de comida é falar de afeto, de sobrevivência e também de dor.
Nos ensaios, o desafio foi transformar essa intimidade em encontro. Como convidar o público pra dentro da minha cozinha, do meu caos. ‘Minha Última Refeição’ é o resultado dessa tentativa: um jantar que se serve de vulnerabilidade e esperança.”
Nota de direção
O diretor Victor Lazzari conduz o público por uma jornada sensorial e emocional, em que a simplicidade de uma cozinha se transforma em palco de memórias e intimidade. A cenografia minimalista e a luz precisa aproximam público e ator, criando um ambiente de partilha e acolhimento.
“A peça fala da importância dos pequenos gestos e da conexão humana. Cada prato é uma memória, cada sabor, uma história. É sobre o poder de transformar solidão em encontro”, comenta o diretor.
| Foto: Sérgio Santoian |
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(13) 99137-6169
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