PIX rompe fronteiras e vira alvo de investigação nos EUA por ameaçar gigantes financeiras


Ferramenta de pagamento criada no Brasil é cada vez mais comum em países como Estados Unidos, Portugal e Reino Unido


Desde sua criação em 2020 pelo Banco Central do Brasil, o Pix se consolidou como a principal forma de pagamento no país. Com mais de 160 milhões de usuários até junho deste ano, a tecnologia também tem ganhado espaço fora do território nacional — e isso está incomodando gigantes internacionais do setor financeiro.


O sistema brasileiro de pagamentos instantâneos entrou no radar do governo dos Estados Unidos após a abertura de uma investigação comercial contra o Brasil, movida pelo ex-presidente Donald Trump. A alegação: prática desleal de concorrência, com o Pix sendo apontado como uma ameaça direta às multinacionais financeiras americanas. A ofensiva veio acompanhada de um pacote de tarifas que pode chegar a 50% sobre produtos brasileiros.


Apesar da limitação oficial do Pix às instituições financeiras autorizadas pelo Banco Central do Brasil, seu uso no exterior se popularizou por meio de fintechs que facilitam transações entre brasileiros e estabelecimentos em países como Chile, Uruguai, Paraguai, Espanha, Irlanda, Inglaterra e, com destaque, Portugal.


Em território português, a presença crescente de brasileiros fez com que o Pix ganhasse espaço nas redes de comércio, chegando a virar meme. Placas com o tradicional QR Code para pagamento instantâneo em supermercados renderam piadas sobre uma "colonização ao contrário", com o Brasil exportando soluções tecnológicas em vez de receber.


Segundo especialistas, a adesão ao Pix por brasileiros no exterior acontece por meio de contas mantidas no Brasil, com o pagamento sendo feito em reais e a liquidação sendo quase imediata. Essa facilidade tem sido muito bem recebida por turistas, imigrantes e comerciantes que querem atrair esse público.


Presença nos EUA e surpresa na Argentina


Nos Estados Unidos, a tecnologia começa a ganhar corpo graças a parcerias estratégicas. A fintech brasileira PagBrasil uniu forças com a americana Verifone, gigante do setor de pagamentos, para incluir o Pix como opção nos terminais de vendas. Operadores estão sendo treinados para oferecer o sistema como forma de pagamento aos consumidores brasileiros.


Outra empresa que aposta nesse modelo é o Braza Bank, que também atua para integrar o Pix aos lojistas americanos, reforçando o elo com a comunidade brasileira no exterior.


Na Argentina, a presença do Pix também surpreende: turistas brasileiros passaram a encontrar a opção em lojas e restaurantes, reforçando a tendência de internacionalização do sistema.


Mesmo com foco exclusivo em usuários que possuem contas em instituições brasileiras, o Pix já ultrapassou barreiras culturais e geográficas, chamando a atenção — e o incômodo — de grandes potências. Se antes era visto apenas como uma solução doméstica, hoje o Pix é exemplo de inovação exportada, que desperta admiração e reação do mercado global.




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