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| Foto: Freepik |
Barulho intenso, mudanças no ambiente e alimentação inadequada estão entre os principais fatores de risco para cães e gatos nas festas de fim de ano
O Réveillon é considerado um dos períodos mais críticos para a saúde física e emocional dos animais de companhia. O barulho intenso e imprevisível dos fogos de artifício costuma desencadear quadros de medo, estresse agudo, ansiedade, taquicardia, vocalização excessiva e tentativas de fuga, situações recorrentes na rotina clínica veterinária nessa época do ano.
Diante desse cenário, a orientação preventiva aos tutores é fundamental, e o médico-veterinário tem papel central na educação, no manejo adequado e na prevenção de riscos à saúde dos pets.
Fogos de artifício e controle da ansiedade
A principal recomendação é preparar um ambiente seguro, silencioso e familiar, onde o animal possa se refugiar. Cobertas, brinquedos conhecidos e o uso de feromônios sintéticos ajudam a promover sensação de conforto.
“Música suave ou ruído branco podem reduzir a percepção sonora dos fogos. Em casos de ansiedade mais intensa, é essencial que o tutor procure o médico-veterinário para avaliar, de forma individualizada, o uso de calmantes naturais, nutracêuticos ou, quando indicado, terapias farmacológicas”, orienta Francis Flosi, médico-veterinário e diretor da Faculdade de Medicina Veterinária Qualittas.
Decoração, visitas e sobrecarga sensorial
Além do barulho, a movimentação intensa de pessoas e mudanças no ambiente podem agravar o estresse dos animais. Objetos decorativos frágeis, fios, enfeites e plantas tóxicas devem ser evitados.
“O pet precisa ter a opção de se afastar do estímulo estressante. Forçá-lo à interação em ambientes agitados pode intensificar quadros de ansiedade e medo”, destaca Flosi.
Alimentação inadequada é risco à saúde
Outro ponto de alerta é a alimentação durante as comemorações. A ceia de Réveillon costuma incluir alimentos impróprios para cães e gatos, como doces, carnes temperadas, comidas gordurosas e bebidas alcoólicas.
“O veterinário deve reforçar que esses alimentos representam riscos significativos à saúde dos pets. O ideal é oferecer apenas petiscos próprios e seguros para cada espécie”, alerta o especialista.
Identificação e prevenção de fugas
O medo provocado pelos fogos está entre as principais causas de fuga de animais no fim de ano. Medidas simples podem evitar esse problema.
“Coleira com plaqueta de identificação, cadastro atualizado e, sempre que possível, microchipagem são fundamentais para aumentar as chances de o animal retornar ao lar”, afirma Flosi.
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| Foto: Francis Flosi |
Planejamento para emergências veterinárias
A orientação preventiva também inclui o planejamento para situações de urgência. Tutores devem verificar antecipadamente os horários de funcionamento de clínicas e hospitais veterinários durante o período festivo.
“Muitos serviços funcionam em regime de plantão. Ter os contatos de emergência organizados pode ser decisivo em situações críticas”, reforça o diretor da Qualittas.
Com informação, prevenção e acompanhamento profissional, o Réveillon pode ser vivido de forma mais segura para os animais. “Os pets são membros da família e merecem cuidado técnico, atenção e proteção especial durante as celebrações”, conclui Francis Flosi.


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