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| Foto: Divulgação |
Exposição “Zumbi: Reinar sobre a história” celebra a cultura afrobrasileira e destaca a arte como ferramenta de resistência e afirmação identitária.
Em celebração ao Dia da Consciência Negra e ao Dia Nacional de Zumbi, o Museu Antonio Parreiras, em Niterói, recebe a partir da próxima quarta-feira (3) a exposição “Zumbi: Reinar sobre a história”, dedicada à valorização da cultura afrobrasileira e ao reconhecimento da arte como instrumento de resistência. Com entrada gratuita, a mostra busca evidenciar o protagonismo de artistas negros e sua contribuição estética, cultural e social ao longo da história da arte no Brasil.
Entre as obras em destaque está “Zumbi”, pintura em óleo sobre tela realizada por Antonio Parreiras em 1927. A peça revisita a tradição dos retratos oficiais usados pela monarquia, mas rompe com o padrão ao colocar como figura central o líder do Quilombo dos Palmares. Apesar de criada por um artista branco, a obra provoca um debate essencial ao representar um personagem negro com a mesma dignidade destinada aos heróis brancos da história brasileira.
“A mostra reafirma o papel do museu como espaço de reflexão e de valorização das narrativas que moldam o país. A arte também é resistência, e reconhecer o protagonismo de artistas negros é fundamental para compreender nossa trajetória”, afirmou Fátima Henriques, diretora do Museu Antonio Parreiras.
Representação e resistência na história da arte brasileira
A exposição se inspira nos desafios enfrentados por artistas negros em períodos de forte desigualdade, como durante o funcionamento da Academia Imperial de Belas Artes. Um dos nomes lembrados é Estevão Silva, cuja documentação histórica revela que, enquanto outros eram registrados como “brasileiros”, ele frequentemente aparecia identificado como “africano”, evidenciando a discriminação da época.
Com curadoria da equipe do museu, “Zumbi: Reinar sobre a história” reúne 26 obras que abordam a resistência, a exclusão e a força criativa de artistas negros. O conjunto permanece aberto ao público até o início de 2026.
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