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| Renato Mangolin |
Com linguagem leve e poética, espetáculo da Cia Móvel de Teatro aborda sustentabilidade e ritmo acelerado da vida moderna nos dias 15 e 16 de novembro, em Niterói.
Niterói, novembro de 2025 — O espetáculo infantil “Um Lugar Logo Ali”, da Cia Móvel de Teatro, chega ao Teatro da UFF nos dias 15 e 16 de novembro, às 16h, propondo uma reflexão sobre o excesso de produtividade, o impacto ambiental e a desconexão emocional típica do mundo moderno.
Com direção de Cátia Costa e dramaturgia de Helena Hamam, a peça combina teatro, dança e circo para construir uma narrativa lúdica e visualmente poética. O público é convidado a visitar Eficiência City, uma cidade onde tudo gira em torno do progresso e da meritocracia imposta pela misteriosa Marytocracia, uma figura que nunca aparece, mas controla todos os aspectos da vida.
Nesse cenário vivem Hábito e Rotina, dois funcionários-modelo que têm sua rotina transformada com a chegada de Contemplação, um viajante que questiona o ritmo acelerado da cidade e propõe um novo olhar sobre o tempo e a natureza.
Segundo a autora Helena Hamam, o texto dialoga com o universo das distopias e dos manuais de autoajuda, criando uma fábula acessível e atual:
“Eficiência City representa como a lógica da produtividade se infiltra em todos os aspectos da vida moderna. A chegada de Contemplação simboliza o resgate da humanidade e da relação com a natureza”, explica.
A encenação valoriza a sustentabilidade também nos bastidores: o figurino, assinado por Erika Schwarz, foi confeccionado com tecidos reaproveitados e roupas descartadas, e o cenário, de Bianca Bühring e Asa Produções Artísticas, segue o mesmo conceito ecológico. A trilha sonora original, de Aline Peixoto, conduz o ritmo da peça e embala os movimentos do elenco formado por Daniel Leuback, Helena Hamam, Kai Lopes e Raphael Pompeu.
Com intérprete de Libras em cena, o espetáculo reforça seu compromisso com a acessibilidade e a inclusão.
Para a diretora Cátia Costa, indicada ao Prêmio Shell de Melhor Direção por Um pássaro não é uma pedra, o objetivo é despertar sensibilidade em tempos de pressa:
“Vivemos num mundo em que o progresso nos torna máquinas. É preciso voltar a sentir o cheiro das flores e se emocionar com o pôr do sol”, afirma.
A montagem conversa diretamente com temas urgentes como saúde mental, diversidade e consumo consciente. Dados recentes da OMS (2024) apontam que 60% dos trabalhadores urbanos sofrem com sintomas de ansiedade ligados ao excesso de produtividade. Já o PNUMA (2023) alerta para o aumento de 40% no consumo de plásticos e resíduos têxteis na última década — números que reforçam a importância da discussão levantada pelo espetáculo.
Serviço
Ficha Técnica
Idealização: Cia Móvel de Teatro
Elenco: Daniel Leuback, Helena Hamam, Kai Lopes e Raphael Pompeu
Stand-in: Alex Sandro Lins
Dramaturgia: Helena Hamam
Direção: Cátia Costa
Preparação Circense: Palu Felipe
Direção Musical e Trilha Original: Aline Peixoto
Operação de som: Douglas Xavier
Iluminação cênica e operação de luz: Raphael Grampola
Figurino: Erika Schwarz
Assistente de Figurino: Leo Thesolin
Cenário: Bianca Bühring e Asa Produções Artísticas
Caracterização cênica: Erika Schwarz
Direção de Produção: Raphael Pompeu
Produção Executiva: Fernanda Guerreiro
Assistente de Produção: Daniel Scarcello
Fotografia: Renato Mangolin
Designer: Douglas Daudt

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