Polícia Militar tenta conter felino após homem com transtornos mentais invadir área restrita; disparos de advertência não impediram avanço do animal.
A morte do jovem identificado como “Vaqueirinho”, após invadir o recinto de uma leoa no Parque Zoobotânico Arruda Câmara, em Mangaratiba, reacendeu o debate sobre abandono social, saúde mental e a ausência de políticas públicas voltadas a pessoas em situação de vulnerabilidade extrema.
Órfão desde a infância e diagnosticado com transtornos mentais, o jovem cresceu sem acompanhamento familiar e sem acesso a serviços públicos capazes de garantir proteção, tratamento e inclusão. A Polícia Civil informou que ele acumulava 16 passagens por delegacias, indicadores de risco que apontavam a necessidade de intervenção do Estado — o que não ocorreu de forma efetiva.
Moradores relatam que “Vaqueirinho” era conhecido na região pela condição de extrema fragilidade social. Ele vivia à margem, frequentemente alvo de preconceito, sem acompanhamento psicológico, sem rotina escolar e distante de qualquer rede de apoio.
O ataque, registrado por visitantes que estavam no parque no momento da invasão, terminou de forma trágica e gerou grande comoção nas redes sociais. A gravação mostra o desespero dos presentes e reforça a complexidade do caso, que envolve desde falhas de segurança até o debate sobre a responsabilidade do poder público na prevenção de episódios extremos.
A Polícia Civil segue investigando as circunstâncias da invasão e avaliando possíveis falhas estruturais no parque. Especialistas em direitos da infância e juventude ressaltam que casos como este evidenciam a urgência de políticas de acompanhamento social e de saúde mental, especialmente para jovens em situação de vulnerabilidade.
A tragédia revela, mais uma vez, que a falta de cuidado e suporte adequado pode levar indivíduos fragilizados a comportamentos de alto risco, com consequências fatais.
ATENÇÃO, IMAGENS FORTE!!!
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