Longa fluminense “Kasa Branca”, dirigido por Luciano Vidigal e apoiado pelo Governo do Estado, está entre os seis pré-selecionados para representar o Brasil no Oscar 2026.
O cinema do Rio de Janeiro ganhou mais um motivo de orgulho: o longa “Kasa Branca”, dirigido por Luciano Vidigal, está entre os seis pré-selecionados pela Academia Brasileira de Cinema para representar o Brasil na categoria Melhor Filme Internacional no Oscar 2026. A decisão final será anunciada no dia 15 de setembro.
A produção, contemplada no Edital de Apoio à Distribuição da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro (SececRJ), foi uma das 26 beneficiadas pelo programa que destinou R$ 7,8 milhões ao setor, com R$ 300 mil para cada projeto.
Para o governador Cláudio Castro, a indicação reafirma o papel da cultura fluminense como força criativa do país:
“É uma grande conquista ver uma produção do Rio disputar a chance de representar o Brasil no Oscar. Esse resultado reflete a diversidade, a criatividade e a potência cultural do nosso povo. A cultura gera emprego, renda e também transforma vidas. Estar nessa pré-seleção é motivo de orgulho para todo o estado.”
A secretária de Cultura, Danielle Barros, destacou ainda o impacto dos investimentos viabilizados pela Lei Paulo Gustavo, que em 2023 destinou R$ 139 milhões a projetos culturais de diferentes áreas, priorizando o audiovisual.
A história de “Kasa Branca”
Ambientado na periferia da Chatuba, em Mesquita, Baixada Fluminense, o filme acompanha a trajetória de três adolescentes negros: Dé (Big Jaum), Adrianim (Diego Francisco) e Martins (Ramon Francisco). Inspirada em fatos reais, a trama mostra a relação de cuidado e afeto entre Dé e sua avó, Dona Almerinda (Teca Pereira), que sofre de Alzheimer. Sem estrutura familiar, o jovem assume sozinho a responsabilidade pelos cuidados da idosa, revelando uma história de afeto em meio às adversidades sociais.
Para a produtora Barbara Defanti, responsável pela Sobretudo Produção Audiovisual e Artística, o apoio do Estado foi essencial para ampliar o alcance do longa:
“O cinema ainda não recuperou os números de público da pré-pandemia e os hábitos de consumo mudaram. O apoio à distribuição foi fundamental, especialmente para viabilizar ações como a sessão gratuita e ao ar livre em Mesquita, onde o filme foi rodado. Foi um momento muito especial para todos.”
Com a expectativa em torno da escolha oficial da Academia Brasileira de Cinema, “Kasa Branca” já simboliza a força do audiovisual fluminense e a importância dos investimentos públicos para dar visibilidade às narrativas periféricas e às vozes que representam a diversidade brasileira.
Postar um comentário
Envie um comentário com a sua opinião, sugestão ou correção. O Antena Carioca não aceita comentários:
1. Com ofensas e/ou com palavrões;
2. Com assuntos não relacionados ao tema do post;
3. Com propagandas ( spam );
4. Com ofensas a pessoas;
5. Para sua segurança, não coloque dados pessoais no
comentário.