Em Meio à Crise Comercial, Brasil Busca Diálogo Firme com Washington e Rejeita Subserviência
BRASÍLIA – Diante da iminente aplicação da tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos a produtos brasileiros, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sinalizou nesta terça-feira, 29, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está disposto a dialogar com o presidente norte-americano, Donald Trump. No entanto, Haddad ressaltou que qualquer conversa deve ocorrer sob um protocolo que evite o que ele chamou de "humilhação" para o Brasil.
Em entrevista à CNN Brasil, o ministro enfatizou a necessidade de racionalidade nas negociações. "A maior potência do mundo resolveu virar a mesa. Estamos procurando os canais para trazer para a racionalidade", afirmou Haddad. Ele fez questão de diferenciar a postura de Lula em relação ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que, segundo Haddad, demonstrava uma subserviência aos Estados Unidos. "Você não vai querer que o presidente Lula se comporte como o Bolsonaro se comportava, abanando o rabo, falando 'I love you' e batendo continência. O presidente Lula tem outro tipo de perfil", declarou.
O temor de Haddad é que um eventual encontro ou telefonema entre os líderes brasileiros e americanos resulte em uma situação embaraçosa para Lula, comparando-a ao "papelão" que, em sua visão, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky passou na Casa Branca.
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