Kaê Guajajara abre o Festival Lab Corpo na Maré com oficina transformadora e show vibrante

 

Foto: Divulgaão

Kaê conduziu a oficina "Furar Bolhas, Firmar Territórios", em que compartilhou com o público estratégias para artistas que desejam circular com autonomia sem abrir mão de suas raízes e identidades

A sexta-feira (27) foi marcada por potência, troca e celebração no Centro de Artes da Maré, com a abertura do Festival de Performance Lab Corpo, que trouxe a artista indígena Kaê Guajajara para uma oficina e um show gratuitos e abertos ao público. A programação, que segue até domingo (29) com atividades em Duque de Caxias e no Centro do Rio, é totalmente gratuita e pensada para valorizar os corpos dissidentes, as culturas periféricas e os processos artísticos decoloniais.

Às 16h, Kaê conduziu a oficina "Furar Bolhas, Firmar Territórios", em que compartilhou com o público estratégias para artistas que desejam circular com autonomia sem abrir mão de suas raízes e identidades. Em um ambiente de escuta e troca, a artista refletiu sobre sua trajetória como mulher indígena no mercado da música, e inspirou os participantes com sua vivência.

"Foi a primeira vez com adultos e artistas, geralmente faço essa oficina com crianças. E foi muito legal. E eu achei tudo que a galera participou, se jogou, perguntou. Eu acho que é sobre isso e é um processo muito parecido? Tipo, eu me desvendar enquanto diva pop e eles também transmutando na dança, né, o corpo em si. Foi tudo", contou Kaê após a oficina.

Ela ainda destacou a importância de espaços como o Lab Corpo:

"Aí vem essa questão de você dizer que você também existe nesse lugar, sabe? De felicitar, de dançar, de se abraçar. Você não tá aqui só pra explicar, lutando, pra você ficar fazendo a nossa contemporânea, a dança tradicional, né? E é também uma coisa muito importante, mas que a gente também precisa estar em bons espaços, porque nós vamos fazer com que vocês se condicionem as mãos, né? A gente transmuta e coloca tudo pra cá."

A noite seguiu com seu show às 19h, um verdadeiro manifesto em forma de música. Com presença cênica de diva pop e saberes ancestrais, Kaê encantou a plateia misturando ritmos indígenas, beats urbanos e letras que ecoam resistência, afeto e futuro. A apresentação lotou o espaço e marcou com força o início do festival.

Programação segue até domingo com atividades em Caxias e no Centro

Depois da estreia vibrante na Maré, o Festival Lab Corpo segue com mais dois dias de programação:

📍 Sábado (28/06)Galpão Gomeia, Duque de Caxias
📍  Domingo (29/06)Amarathi Hub Cultural, Centro do Rio

O festival reafirma seu compromisso com acessibilidade e diversidade, com intérpretes de Libras, entrada gratuita e estrutura acolhedora. Criado por artistas LGBTQIAPN+.

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