Presidente da CPI pede inclusão de Witzel e família no programa de proteção a testemunhas

O pedido foi feito na última terça; Witzel, a esposa e os três filhos terão direito a proteção

Ex-governador durante depoimento. Reprodução: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Na última terça-feira (06/07). o presidente da CPI da pandemia, Omar Aziz (PSD-AM), a pedido da defesa de Wilson Witzel (PSC-RJ), encaminhou um ofício à ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, pedindo a inclusão do ex-governador do Rio de Janeiro, de sua esposa e de seus três filhos no programa de proteção a testemunhas. 

Evidencia-se que o depoente, em razão dos fatos graves que tem a revelar à comissão, encontra-se em situação de expressivo risco a sua integridade física e à integridade de seus familiares, em especial, porquanto os referenciados fatos envolvem agentes dotados de relevante poderio político e econômico, bem como podem trazer à baila irregularidades concernentes a desvios de finalidades e à captura política de instituições de Estado, diz Aziz no documento.

No ofício, o presidente da CPI ainda escreveu:

(Witzel) não só é testemunha das mais relevantes desta comissão parlamentar de inquérito, mas também se qualifica como vítima, diante das revelações colacionadas em seu depoimento e das demais que virão a ser realizadas a partir de uma reunião secreta. 

Witzel deixou o último depoimento antes do fim

Witzel deixa depoimento. Reprodução: Tv Senado.

No último depoimento à CPI, realizado no dia 16 de junho, o ex-juiz Witzel pediu a interrupção da sessão e foi embora, após cerca de três horas de fala, amparado por um habeas corpus concedido pelo ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF). O ex-governador do Rio argumentou que foi vítima de "ofensas"; ele será ouvido novamente, mas dessa vez de forma secreta.

Respondi todas as perguntas. Agora, na medida em que começa a haver ofensas, da forma como o senador se dirigiu a mim, de forma ofensiva, de forma leviana, até mesmo chula. Infelizmente, eu não posso continuar dessa forma[…], afirmou Witzel, em coletiva, após deixar a sessão da CPI.