Dark Horse: O capitão patriota do povo tupiniquim

Produção sobre a vida de Jair Bolsonaro ganha elenco majoritariamente estrangeiro e levanta dúvidas sobre representatividade, escolhas criativas e ausências curiosas no casting.

Muito se tem especulado sobre um suposto filme inspirado na vida de Jair Messias Bolsonaro, o homem que despertou o patriotismo na extrema-direita brasileira — e de todos aqueles que afirmam querer salvar o Brasil do comunismo. Cavalo preto, o “azarão”, gera debates por supostamente trazer o ator americano Jim Caviezel, que interpretou Jesus no aclamado filme dirigido por Mel Gibson, no papel principal como Jair Bolsonaro.

É curioso como todos os apontados como envolvidos nessa megaprodução não tenham publicado uma linha sequer em suas redes, com a exceção de Mario Frias, o nosso eterno “Escova” de Malhação.

Jair Bolsonaro seria vivido por Jim Caviezel, ator americano; Eduardo Bolsonaro seria interpretado por Eddie Finlay, também americano; Flávio Bolsonaro, por Marcus Ornellas, ator brasileiro que fez carreira de sucesso no México. O produtor Eduardo Verástegui é mexicano, e o diretor Cyrus Nowrasteh é americano.

Diante dessas informações, fica a pergunta: como a história do homem que supostamente simboliza o patriotismo brasileiro pode ser majoritariamente contada por estrangeiros? Por que, entre os filhos do capitão, apenas Carlos Bolsonaro seria interpretado por um brasileiro? Por qual razão não há ninguém escalado para viver o nosso querido vereador nacional de Balneário Camboriú, o “Zero Quatro”, Jair Renan?

Não quero chamar ninguém de misógino, mas me parece que esqueceram de Michelle e Laurinha.