GFK trará novidades na medição de audiência no Brasil


Segundo informações do jornalista Daniel Castro,O instituto de medição de audiência alemão GFK, será instalado no Brasil em janeiro de próximo ano e consumirá um investimento na casa dos US$ 100 milhões em cinco anos, o qual  será bancado por Record, SBT, Band e Rede TV!.
O que as emissoras assinaram com o GFK nesta quinta-feira (14) foi um “memorando de entendimento”, de acordo com nota oficial do próprio instituto publicada hoje em seu site, em inglês. Isso significa que não há mais pontos de discórdia entre os parceiros, mas o contrato definitivo só será assinado em um prazo de 20 dias.
Os primeiros resultados oficiais de medição de audiência do GFK serão divulgados somente em janeiro de 2015. A grande novidade para o público será a divulgação de audiência em número de pessoas. Ou seja, o GFK irá informar que determinado programa, hipoteticamente, foi visto por 5 milhões de pessoas em São Paulo ou nas 15 maiores cidades do país, e não que teve 15 pontos em determinada localidade. Com isso, os alemães trarão para o Brasil a cultura internacional de mensuração de audiência.
A Globo que ainda é fiel ao Ibope, deverá ser atraída pelo GFK por esse tipo de divulgação, uma vez que a emissora se interessa por uma divulgação de audiência por telespectadores, e não por pontos como é feita atualmente pelo Ibope. Nos últimos anos, a audiência da Globo em pontos só vem caindo, contudo para seus dirigentes, isso não quer dizer que haja menos gente vendo a emissora, e sim porque a população cresceu e a há novas formas de se ver televisão (em celulares, computadores etc).
No entanto, o GFK  ainda irá manter a divulgação dos dados de audiência em pontos, como faz o Ibope, porque essa é a cultura do mercado brasileiro. Porém seu painel em tempo real dirá às emissoras quantas pessoas estão vendo o programa, não quantos pontos ele tem.
Futebol em casa
Outra novidade na medição que o instituto alemão trará para o Brasil, será a inclusão de visitantes de uma casa, até o limite de nove pessoas. Por exemplo, se você faz parte da amostra do GFK e recebe amigos para assistir uma partida de futebol, terá que informar ao peoplemeter (aparelho de medição da audiência) quantas pessoas estão vendo o jogo com você.
Porém, o GFK não irá medirá audiência em locais públicos, como bares.
A tecnologia do instituto capturará tudo o que for consumido pelo televisor (computadores e celulares não farão parte das medições iniciais). Programas gravados e vistos em plataformas de VOD (video on demand) também serão considerados na audiência. Será possível também saber quantas pessoas estão vendo conteúdo pela internet em televisores conectados, mas sem idenficar o conteúdo. Programas gravados e assistidos meia hora depois serão agregados no relatório consolidado do dia seguinte.
O GfK promete uma medição mais robusta do que a do Ibope. Serão 6.000 domicílios e 16.000 mil aparelhos instalados, ou seja, uma média de quase três peoplemeteres por casa.  O Ibope mede audiência em 4.500 residências no país. Em São Paulo, a medição será feita em 1.300 casas, quase o dobro do Ibope (750).
Momento histórico
Nos próximos dias, o GfK começa a montar a base estatística de sua medição. Serão 80 mil famílias nas 15 maiores regiões metropolitanas do país. Dessas 80 mil residências, sairão as 6.000 que comporão a base de medição.
As negociações entre as quatro redes e o GfK começaram há um ano. Do lado brasileiro, foi fundamental a intermediação do publicitário Fabio Wajngarten, da empresa Controle da Concorrência. O interesse da Record foi decisivo, mas a empolgação de Amilcare Dalevo, presidente da Rede TV!, um entusiasta de tecnologia, também pesou muito.
A entrada do GfK no Brasil é um momento histórico para a televisão do país. Trata-se de um concorrente de fato ao Ibope, uma empresa que fatura 1,7 bilhão de euros por ano e emprega 13 mil pessoas.
Com informações do jornalista Daniel Castro




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